Os Acordos de Oslo, assinados em 1993 e 1995 entre Israel e a Organização de Libertação da Palestina (OLP), foram marcos significativos no processo de paz do Oriente Médio. Esses acordos estabeleceram princípios para a autogovernança palestina em partes da Cisjordânia e Faixa de Gaza, levando à criação da Autoridade Palestina.
Por que alguns palestinos veem os acordos como um erro?
1. Territórios fragmentados: Os Acordos de Oslo dividiram a Cisjordânia em áreas de controle israelense e palestino, muitas vezes separadas por postos de controle militar. Assim, para alguns, isso apenas solidificou a ocupação israelense em vez de aliviar suas restrições.
2. Ausência de solução definitiva: Os acordos deveriam ser temporários, com um acordo final a ser alcançado em cinco anos. No entanto, 30 anos se passaram, e nenhuma solução permanente foi encontrada para questões cruciais como Jerusalém, refugiados e fronteiras.
3. Crescimento dos assentamentos: Apesar dos Acordos de Oslo, o número de assentamentos israelenses na Cisjordânia continuou a crescer, dificultando a criação de um estado palestino contíguo e viável.
Legitimidade da Autoridade Palestina
A Autoridade Palestina, criada como resultado dos Acordos de Oslo, foi inicialmente vista como um passo em direção à autodeterminação. No entanto, com o passar dos anos, ela começou a ser vista por muitos palestinos como um órgão burocrático que não representa seus melhores interesses.
Além disso, a divisão entre Fatah (que governa partes da Cisjordânia) e Hamas (que governa a Faixa de Gaza) minou a unidade política palestina e enfraqueceu sua posição nas negociações com Israel.
E o futuro?
O contexto geopolítico atual e os desafios internos enfrentados pelos palestinos tornam difícil prever o caminho a seguir. No entanto, a sensação predominante entre muitos palestinos é de desapontamento em relação aos Acordos de Oslo. Para eles, os acordos não cumpriram suas promessas e falharam em estabelecer um estado palestino independente e soberano.
Conclusão
Os Acordos de Oslo, apesar de terem representado um momento esperançoso na busca pela paz no Oriente Médio, hoje são vistos com ceticismo por muitos palestinos. A contínua ocupação e a falta de progresso tangível rumo a uma solução de dois estados tornaram muitos descrentes da eficácia desses acordos.