negros em manifestação

Um relatório divulgado pelo governo dos Estados Unidos nesta sexta-feira (16) revela que a polícia de Minneapolis, no estado de Minnesota, tem um histórico de discriminação contra negros e nativos americanos, utilizando excesso de força durante suas abordagens.

O relatório é o resultado de uma investigação de dois anos conduzida pelo Departamento de Justiça dos EUA, iniciada após a condenação de um ex-policial pela morte de George Floyd. Floyd, um cidadão negro americano, foi estrangulado por um policial branco em maio de 2020, em uma cena que foi registrada em vídeo e ganhou repercussão global.

A morte de Floyd desencadeou um movimento de protestos histórico em todo o país e levantou discussões sobre o tratamento dispensado pela polícia a cidadãos negros.

A investigação do governo americano, que durou dois anos, identificou uma série de condutas inadequadas, incluindo “discriminação, uso injustificado de força letal e violação de direitos civis” por parte da polícia de Minneapolis, que se tornaram um “padrão” dentro da instituição. O relatório também recomendou a implementação de 28 medidas corretivas.

O procurador-geral Merrick Garland afirmou que os policiais rotineiramente negligenciam a segurança das pessoas sob sua custódia, citando inúmeros casos em que indivíduos sob custódia reclamaram que não conseguiam respirar, enquanto os policiais respondiam dizendo: “Você consegue respirar. Você está falando agora”.

O relatório incluiu alegações de que a polícia “utilizou técnicas e armas perigosas contra pessoas acusadas de delitos insignificantes ou até mesmo sem nenhuma acusação”. A polícia também foi acusada de “patrulhar bairros de maneira diferenciada com base na composição racial e discriminar racialmente ao revistar, algemar ou utilizar força durante abordagens”, conforme apontado pelo relatório.

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